No próximo domingo, 14 de novembro, assinala-se o Dia Mundial da Diabetes, uma data simbólica que serve de mote para o alerta de um estudo que revela que seis em cada dez portugueses (61%) alteraram os seus hábitos alimentares durante a pandemia, o que, consequentemente, pode aumentar o risco de contrair diabetes.
Realizado num total de oito países, durante o mês de setembro, o inquérito questionou os cidadãos sobre os seus hábitos durante o período pandémico e concluiu que 14% dos inquiridos ingeriram mais alimentos ricos em gordura e açúcar e praticaram “muito menos” exercício (36%).
Entre as principais razões apontadas para o efeito, destaca-se o facto de passaram mais tempo em casa, com 64% a assegurar que alterou os seus hábitos alimentares por esse motivo, enquanto 26% admite que o fez por se sentir “mais stressado e ansioso”.
O estudo mostrou também que os profissionais de saúde, a internet e os livros são as principais fontes de informação dos portugueses sobre as formas de reduzir o risco de diabetes tipo 2, conquistando, respetivamente, 87%, 40% e 30% das opiniões.
Apesar de reconhecer que a história familiar de diabetes é um fator de risco para a doença (70%) e que a obesidade pode causar diabetes (72%), assim como a ingestão de alimentos com elevado teor de açúcar (76%), a esmagadora maioria dos portugueses (75%) admite que não presta atenção às listas de ingredientes no momento da compra dos alimentos.
Além de portugueses, participaram no estudo, realizado pelo YouGov, cidadãos do Brasil, México, Indonésia, China, Vietname, Rússia e Emirados Árabes Unidos.
Recorde-se que a diabetes e pré-diabetes é uma doença que afeta mais de 460 milhões de pessoas em todo o mundo e que as “intervenções ao nível do estilo de vida podem prevenir ou retardar o seu desenvolvimento e complicações”.
O risco de desenvolver diabetes tipo 2 pode ser reduzido em até 58% após intervenções no estilo de vida, como dieta equilibrada, exercícios e perda de peso, completa o estudo.
