De acordo com o estudo da imobiliária Cushman & Wakefield, divulgado na passada quinta-feira, nos últimos 12 meses o segmento residencial na cidade do Porto registou uma acentuação da tendência de crescimento, com “um aumento significativo dos preços no último trimestre de 2017”.
“A Foz mantém-se como a zona residencial ‘prime’ da cidade, mas as freguesias do centro histórico têm assistido a uma forte valorização e a Avenida dos Aliados já se posiciona como um novo eixo de luxo na cidade do Porto”, constatou a primeira edição do estudo Marketbeat Porto, citado pelo Jornal de Notícias
Produzido pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield, o estudo, refira-se, inclui uma análise detalhada da atividade dos segmentos de escritórios, retalho, industrial, residencial e hoteleiro, bem como a atividade de investimento imobiliário no Grande Porto.
Entre as principais conclusões, o Marketbeat Porto apurou que o mercado imobiliário de escritórios foi o primeiro a refletir a retoma do setor, “retratada pela correção excecional da taxa de desemprego (19% em 2013 vs. 10,9% em 2017) e por um forte crescimento da procura por parte de ocupantes internacionais”.
No que diz respeito ao segmento de retalho, a Área Metropolitana do Porto tem alguns dos projetos mais relevantes do país, com “uma oferta acumulada de 768 mil metros quadrados distribuída por 33 conjuntos comerciais”.
“O comércio de rua registou um crescimento significativo desde 2014, contando as zonas tradicionais da cidade – Baixa, Clérigos e Boavista – com o maior volume de oferta, mais de 180 mil metros quadrados”, apontou o estudo, acrescentando que desde 2015 até hoje são conhecidas 380 novas ocupações de retalho, com a cidade do Porto a captar mais de metade das operações e maioritariamente em comércio de rua.
Neste âmbito, o setor da restauração destaca-se como o mais ativo, com 45% das aberturas a corresponderem a restaurantes ou cafés.
No que toca ao mercado industrial, o Grande Porto abarca uma oferta superior à da Grande Lisboa, estimada em 13 milhões de metros quadrados, em que a localização ‘prime’ é o eixo Maia / Via Norte, que representa 13% da oferta total, seguindo-se o eixo Matosinhos / Vila do Conde, com 15% da oferta, que é beneficiado pelo maior dinamismo do Porto de Leixões e pela proximidade ao aeroporto, de acordo com o Marketbeat Porto.
O estudo destacou ainda o segmento do turismo na cidade do Porto, que “registou nos últimos anos um importante crescimento, com o aeroporto a registar entre 2004 e 2017 um crescimento de passageiros superior a 250%, tendo movimentado no último ano 10,8 milhões de passageiros”.