![Água de São Pedro da Cova com valores normais](https://viva-porto.pt/wp-content/uploads/2014/01/spedro_cova.jpg)
De acordo com a autarquia de Gondomar e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a “monitorizar” as águas e as amostras recolhidas no final de outubro revelaram “indicadores normais”.
Na passada sexta-feira, em visita ao local, o eurodeputado do CDS-PP, Nuno Melo, confessou “nunca ter acreditado” que a remoção acontecesse já que “o Estado recusava simplesmente a existência de resíduos perigosos depositados em São Pedro da Cova, na base de análises que o processo tinha, dizendo que se tratavam de inertes, sendo que eu tinha outras análises. Entre o tempo [referindo-se às primeiras diligências] e o dia de hoje passaram-se anos. Seguramente seis/sete/oito anos”.
O eurodeputado questionou ainda os números: “Se bem recordo do processo, consta o pagamento pelo Estado do depósito de cerca de 300 mil toneladas. A estimativa que hoje existe, tendo em conta a avaliação e dimensão do terreno [11 mil metros quadrados], é de que terão sido depositados cerca de 80 mil toneladas”, afirmou.
“Portanto, das duas, uma: ou o Estado pagou mais do triplo do que está depositado ou está depositado mais do triplo do que está estimado. Só se poderá saber quando o processo terminar, o que não invalida que a remoção se inicie porque é essencial e importante para São Pedro da Cova”, acrescentou.
O processo de remoção dos resíduos industriais provenientes da Siderurgia Nacional depositados, entre maio de 2001 e março de 2002, em escombreiras de antigas minas teve início no dia 2 de outubro e, de acordo com dados da CCDR-N, já saíram do estaleiro “mais de dez mil toneladas de resíduos em 399 cargas”, com “uma movimentação média diária de 40 camiões”.
A operação deverá ficar concluída em maio de 2015, num investimento superior a 13 milhões de euros, sendo que 85% é proveniente de fundos europeus.
Quer o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, quer o presidente da CCDR-N, Emídio Gomes, frisaram a importância desta empreitada, tendo destacado a interligação entre os vários poderes – câmara, junta de freguesia, CCDR-N e Governo – e sem esquecer “a grande luta da população”.