PUB
CMPorto

Água de São Pedro da Cova com valores normais

Água de São Pedro da Cova com valores normais
Análises “recentes” feitas à água nas antigas minas de São Pedro da Cova indicam “valores normais”, garantiram fontes ligadas ao processo de remoção das 88 mil toneladas de resíduos perigosos depositados naquela freguesia do concelho de Gondomar.

PUBLICIDADE - CONTINUE A LEITURA A SEGUIR

De acordo com a autarquia de Gondomar e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a “monitorizar” as águas e as amostras recolhidas no final de outubro revelaram “indicadores normais”.
Na passada sexta-feira, em visita ao local, o eurodeputado do CDS-PP, Nuno Melo, confessou “nunca ter acreditado” que a remoção acontecesse já que “o Estado recusava simplesmente a existência de resíduos perigosos depositados em São Pedro da Cova, na base de análises que o processo tinha, dizendo que se tratavam de inertes, sendo que eu tinha outras análises. Entre o tempo [referindo-se às primeiras diligências] e o dia de hoje passaram-se anos. Seguramente seis/sete/oito anos”.
O eurodeputado questionou ainda os números: “Se bem recordo do processo, consta o pagamento pelo Estado do depósito de cerca de 300 mil toneladas. A estimativa que hoje existe, tendo em conta a avaliação e dimensão do terreno [11 mil metros quadrados], é de que terão sido depositados cerca de 80 mil toneladas”, afirmou.
“Portanto, das duas, uma: ou o Estado pagou mais do triplo do que está depositado ou está depositado mais do triplo do que está estimado. Só se poderá saber quando o processo terminar, o que não invalida que a remoção se inicie porque é essencial e importante para São Pedro da Cova”, acrescentou.
O processo de remoção dos resíduos industriais provenientes da Siderurgia Nacional depositados, entre maio de 2001 e março de 2002, em escombreiras de antigas minas teve início no dia 2 de outubro e, de acordo com dados da CCDR-N, já saíram do estaleiro “mais de dez mil toneladas de resíduos em 399 cargas”, com “uma movimentação média diária de 40 camiões”.
A operação deverá ficar concluída em maio de 2015, num investimento superior a 13 milhões de euros, sendo que 85% é proveniente de fundos europeus.
Quer o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, quer o presidente da CCDR-N, Emídio Gomes, frisaram a importância desta empreitada, tendo destacado a interligação entre os vários poderes – câmara, junta de freguesia, CCDR-N e Governo – e sem esquecer “a grande luta da população”.

PUBLICIDADE - CONTINUE A LEITURA A SEGUIR

PUB
Pingo Doce3 até 30/01