O aviso foi deixado pelo secretário-geral da CAP, Luís Mira, que, durante uma audição na Comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, apontou os “efeitos positivos” da parceria transatlântica de comércio e investimento como o previsível aumento da produção e exportações agroalimentares europeias, mas também alguns riscos. “Haverá alguns produtos em que o efeito não será esse e é preciso ter alguns cuidados”, defendeu. Na lista de produtos sensíveis incluem-se os que estão abrangidos por Indicações Geográficas Protegidas (IGP) ou Denominações de Origem Protegida (DOP), como determinados vinhos e queijos, e que os Estados Unidos defendem que não devem estar protegidos. “É terrível porque copiam tudo. Os EUA produzem ‘commodities’ (matérias-primas) em grandes quantidades e não nos interessa que copiem o vinho do Porto ou o champanhe”, sublinhou, destacando que o vinho do Porto tem uma “mais valia mundial”.
Quinta-feira 18 Setembro, 2014
Agricultores temem cópias americanas do vinho do Porto
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) realçou que é necessário defender produtos como o vinho do Porto no acordo comercial que está a ser negociado com os Estados Unidos, sob pena de abrir portas às cópias americanas.