
O mundo acorda hoje mais pobre. Morreu o Papa Francisco, uma das figuras mais marcantes da Igreja Católica e da nossa era. Foi um líder espiritual que nunca se quis distante. Preferiu os gestos simples às solenidades, a proximidade à autoridade, a compaixão ao protocolo.
Nascido Jorge Mario Bergoglio, foi o primeiro papa vindo da América Latina e o primeiro jesuíta a assumir o cargo mais alto da Igreja. Ao longo do seu pontificado, fez da humildade a sua força e da inclusão a sua missão. Falou pelos que não tinham voz, abriu portas a diálogos difíceis e foi incansável na defesa da paz, da justiça social e da dignidade humana.
Papa Francisco foi um símbolo de mudança, mesmo dentro de uma instituição marcada por séculos de tradição. Ensinou-nos que a fé se pode viver com empatia e que o poder pode — e deve — ser exercido com ternura.
Hoje, crentes e não crentes sentem a perda de um homem que deixou uma marca que vai além da religião. Fica o legado de uma liderança feita com o coração. Fica a memória de alguém que procurou unir onde havia divisão e cuidar onde havia ferida.
Que descanse em paz.