Numa coprodução entre o Ensemble – Sociedade de Atores, o TNSJ e o Teatro Municipal de Bragança, “Rei Lear” mostra o monarca que dá nome à peça, interpretado por Jorge Pinto, a abandonar “levianamente as suas funções e dividir o reino em três partes pelas suas filhas”, que devem declarar o seu amor pelo pai, nos seus 80 anos.
De acordo com Emília Silvestre, atriz e assistente de encenação, a peça “é muito atual, por incrível que pareça, continuamos a valorizar mais a bajulação e as palavras bonitas em detrimento da verdade, da fidelidade e da dignidade das pessoas”.
O ator Jorge Pinto, que disse ter em “Rei Lear” a sua peça shakespeariana preferida, afirmou, por seu lado, que se trata de “um espetáculo de 2016, não é arqueologia teatral”.
“O Lear não se trata de uma loucura, trata-se de uma vontade descontrolada que pode ter qualquer indivíduo que esteja numa zona de poder que não controle”, explicou Jorge Pinto, que partilha um palco marcado por um pano de fundo vermelho com atores como Ivo Alexandre, Elmano Sancho, Isabel Queirós ou Vânia Mendes, entre muitos outros.
A peça vai estar em cena no São João até ao dia 17 de julho e o preço dos bilhetes varia entre os 7,50 e os 16 euros.