“A ACP e os parceiros que encontrou têm interesse e mantêm interesse no projeto”, declarou Nuno Botelho à agência Lusa. O presidente da ACP não quis comentar o facto de outra empresa interessada na concessão afirmar que a reformulação da Porto Lazer ao caderno de encargos transforma o equipamento num “mini Meo Arena”, levantando também dúvidas sobre a possibilidade de ali instalar um centro de congressos “para seis mil pessoas”, conforme “anunciado pelo presidente da Câmara”.
“Foi anunciado pelo presidente da Câmara ser intenção (…) que o pavilhão fosse um centro de congressos com capacidade para seis mil pessoas. Essa intenção mantém-se? É que, de acordo com a área útil ao solo [“4.800 metros quadrados”], estaremos a falar de 0,8 metros quadrados por pessoa, tomando em consideração que nem existirão áreas comuns”, questiona a empresa, numa mensagem publicada na segunda-feira na plataforma eletrónica de compras públicas.
De acordo com a agência Lusa, o caderno de encargos do procedimento não refere a capacidade que deverá ter o centro de congressos, explicando-se apenas que a reabilitação deve transformar o Rosa Mota num “equipamento cultural polivalente, que incluirá obrigatoriamente um centro de congressos de grande dimensão”.
Na sexta-feira, o conselho de administração da empresa municipal Porto Lazer, presidido por Rui Moreira, deliberou a prorrogação por quase três meses (até 24 de maio) do prazo para apresentação de propostas para concessão do Rosa Mota no âmbito do concurso iniciado a 3 de dezembro. Também foi alterado o caderno de encargos para corrigir uma redação que o júri do concurso considerou “equívoca”, clarificando que o centro de congressos se deve limitar ao interior do edifício existente.