
É já esta segunda-feira, dia 30 de junho, que será encerrado o colégio INED, na Boavista. A comunidade escolar foi avisada da decisão através de um e-mail enviado pela proprietária do estabelecimento de ensino.
Segundo o JN, por enquanto ainda se desconhecem os motivos centrais que levaram à decisão. O que se sabe, com base no comunicado oficial, é que “a situação tornou-se insustentável”, mesmo tendo sido “exploradas diversas soluções, na esperança de garantir a continuidade do colégio”.
Atendendo à época do ano, a realização dos exames nacionais é uma das principais preocupações. Ao mesmo meio noticioso, o JN avança que se “não estiverem reunidas as condições, os alunos irão realizar as provas numa escola pública”.
Apesar deste encerramento que não estava previsto, o INED assegura que “todos os direitos laborais devidos aos colaboradores serão liquidados”, sendo inclusive “assegurado o acesso ao subsídio de desemprego, em conformidade com a legislação”.
A situação torna-se mais desconfortável para os professores, já que não conseguiram participar no concurso de docentes aberto pelo Ministério da Educação. Isto porque o prazo já terminou. Embora o INED garanta as condições para a realização da 2ª fase dos exames, ainda não se sabe como nem onde as provas serão feitas.
De acordo com o JN, os responsáveis pelo colégio INED terão ainda de entregar o edifício ao novo proprietário que acabou de adquirir o imóvel. A transação terá acontecido, alegadamente, para liquidar dívidas do colégio, que esteve para fechar em 2024 por questões financeiras.
Chegou-se ainda a pôr a hipótese da instituição mudar-se para Leça do Balio, ou até mesmo passar a operar nas antigas instalações do Colégio D. Dinis, no Porto. Nem uma hipótese nem outra foram levadas para a frente.
Num comunicado oficial, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação referiu: “na eventualidade de não estarem reunidas as condições de organização do processo de realização dos exames finais da 2.ª fase, os alunos irão realizar as provas numa escola pública”.
O documento acrescenta ainda: “está a ser acompanhado o processo de transferência dos alunos para outros estabelecimentos de ensino, para que iniciem as aulas no próximo ano com tranquilidade. Face às circunstâncias e a data em que a comunicação de encerramento foi feita, a DGEsTE, em sede de averiguação, verificará se existem indícios de irregularidade, de modo que, em fase posterior, se apurem infrações e eventuais sanções”.