
Em 2025, a Casa do Infante comemora sete séculos de história com um conjunto de eventos culturais e educativos que se estendem ao longo do ano. O edifício, que teve múltiplas funções ao longo do tempo, será celebrado com uma programação especial que inclui concertos, colóquios e exposições.
Como explica a Câmara do Porto, a origem do edifício remonta a 1325, quando João Anes Melacho deixou a sua marca num bloco de granito ao construir o armazém régio para a Alfândega do Porto, por ordem de D. Afonso IV.
Décadas depois, este espaço viria a estar associado ao nascimento do Infante D. Henrique, figura central nos Descobrimentos Portugueses.
A inspiração para estas comemorações vem de um antigo pergaminho musical, datado dos séculos XI-XII, que se encontra no Arquivo Histórico Municipal, sediado na Casa do Infante. Este documento, reutilizado no século XVI para encadernar um livro, simboliza a capacidade de reinvenção do edifício ao longo dos séculos.
As atividades na Casa do Infante até ao fim do ano
A programação divide-se em sete grandes momentos. Logo a 16 de março, domingo, há um concerto inaugural. A primeira apresentação ficará a cargo do Sete Lágrimas Ensemble de Música Antiga, que trazem à Casa do Infante as sonoridades medievais que marcaram a celebração do batismo do Infante D. Henrique.
No dia 12 de junho, um colóquio reunirá especialistas para debater a importância histórica do edifício e a sua evolução. Nesta conversa, serão abordados os diferentes usos da Casa do Infante e a sua relevância enquanto detentor do arquivo produzido pela autarquia.
Durante o segundo semestre do ano, a programação incluirá um concerto de música antiga do norte de África, uma tertúlia sobre conservação de documentos medievais e a publicação de uma brochura informativa sobre a Casa do Infante.
As celebrações culminarão em novembro com uma exposição temporária e um concerto-palestra no dia 29, encerrando um ano de homenagens a este ícone da cidade do Porto.