
“Alfredo Cunha. 50 anos de fotografia – 1970-2020”, assim se intitula a exposição dedicada a um dos mais conceituados fotojornalistas portugueses, a inaugurar no sábado, no Centro Português de Fotografia, no Porto.
Trata-se de “exposição de carreira” que marca também o regresso a esse percurso, em 2021, já que o ano de 2020 tem sido dedicado à “edição, a livros e exposições”, disse à agência Lusa o fotógrafo Alfredo Cunha, de 67 anos de idade e 50 de fotografia.
O fotógrafo destacou os momentos que mais o marcaram ao longo desse percurso de 50 anos: “O 25 de Abril, a Descolonização, a Guerra no Iraque e agora a pandemia”.
Aliás, Alfredo Cunha destacou-se como fotógrafo da revolução de 25 de Abril de 1974, captando algumas das imagens mais memoráveis do acontecimento, entre as quais o retrato de Salgueiro Maia no Largo do Carmo. Ao longo de 50 anos de carreira, como fotojornalista e editor-chefe de jornais como O Século, Jornal de Notícias ou Público, e como fotógrafo oficial dos presidentes António Ramalho Eanes e Mário Soares, Alfredo Cunha capturou várias histórias do país e do mundo, nomeadamente a queda do regime comunista na Roménia, em 1989, e a Guerra do Iraque, em 2003.
A exposição, que ficará patente no Centro Português de Fotografia (CPF) até dia 02 de maio de 2021, vai estar subdividida em “oito exposições” e as dezenas de fotografias que vão estar expostas são selecionadas pelo próprio autor, que participa também na produção da mostra.
Serão apresentadas várias fotografias sobre a pandemia, que Alfredo Cunha captou na cidade da Amadora, nos arredores de Lisboa. O fotógrafo encontrava-se a desenvolver um projeto sobre um fotolivro sobre a cidade da Amadora, designado “A cidade que não existia”, quando “foi apanhado pela pandemia”, o que o levou a fotografar a pandemia nessa cidade, designadamente “bairros sociais”, “hospital” e o “cemitério”.
“Alfredo Cunha. 50 anos de fotografia – 1970-2020” poderá ser vista de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 15h às 19h.
Foto © Alfredo Cunha