A cerimónia oficial de arranque do evento não será aberta ao púbico, mas, a partir de terça-feira e até ao próximo domingo, a organização anuncia “50 programas diferentes para profissionais, amadores e fãs de todas as idades, para se celebrar as quatro décadas do mais antigo festival português e o terceiro de animação mais antigo do mundo”.
António Cavacas, membro da comissão organizadora do evento, afirmou que a programação de 2016 não se fará do que se consideram novidades.
“Sob o mote ’40 anos a divulgar a magia do cinema animado’, os destaques desta edição centram-se na celebração do aniversário, para apresentarmos ao público e convidados uma perspetiva diferente sobre como assinalar uma data tão significativa”, disse o responsável.
Nesse sentido, a componente não-competitiva do festival também procurou “escolher e organizar um programa que evoque esta efeméride numa perspetiva global, mostrando a evolução da indústria e dos circuitos criativos do cinema animado nestes 40 anos, a nível nacional e internacional”, referiu.
Entre sessões competitivas, retrospetivas, exposições, workshops e marterclasses, o programa do Cinanima de 2016 reparte-se por diferentes espaços culturais da cidade de Espinho e tem este ano como uma das suas principais propostas o ciclo “40 anos, 40 filmes”, que apresentará uma obra por cada ano de festival, explicou António Cavacas.
Essa seleção não recairá necessariamente sobre as películas vencedoras de cada edição, já que, como realçou o membro da organização do certame, o programa incluirá, por exemplo, a longa-metragem húngara “Tempos Heróicos”, em que József Gémes adapta o poema épico do século XIX que conta a lenda de Miklós Toldi, um dos principais heróis do folclore do seu país.
Dentro do mesmo espírito, a 40.ª edição do festival também pretende celebrar a animação portuguesa e, em retrospetiva, apresenta uma seleção dos melhores filmes realizados por três estúdios nacionais que este ano assinalam 25 anos de produção: o Anilupa, o Animais e a Animanostra.