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40 milhões de investimento privado na reconversão do antigo matadouro do Porto

40 milhões de investimento privado na reconversão do antigo matadouro do Porto

A obra de reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã foi adjudicada à empresa Mota e Engil num investimento de 40 milhões de euros. O projeto prevê a construção de uma grande cobertura que liga antigo e novo edifício e uma passagem pedonal sobre a VCI.

A Câmara Municipal do Porto anunciou esta terça-feira que o projeto de arquitetura é da autoria do conceituado arquiteto Kengo Kuma, em parceria com os portugueses OODA. O japonês é autor de projetos reconhecidos em todo o mundo, nomeadamente o novo Estádio Nacional do Japão, que será palco da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio; Suntory Museum of Art, também na capital japonesa; a Bamboo Wall House, na China; a sede do Grupo Louis Vuitton, no Japão ou Besançon Art Center, em França.

Está previsto um investimento de quase 40 milhões de euros, “totalmente suportado por privados”. O espaço será usado para acolher empresas, mas também reservas de arte, museus (o Museu da Indústria ficará lá sediado), reservas de arte, auditórios, espaços expositivos e equipamentos sociais.

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Segundo avança o portal de notícias do Porto, a Mota Engil prevê construir uma grande cobertura que irá unir o antigo, que será preservado, e o novo edifício de remate, assim como a passagem por cima da VCI. “Todo o trabalho foi feito com o cuidado e sensibilidade de quem intervém em património histórico, mas pretendendo criar unidade e identidade. Estabelece assim um diálogo de escala com as grandes infraestruturas adjacentes e, através dos materiais, com o casario da freguesia da Campanhã”, refere.

Segundo a Câmara do Porto, “o Matadouro, que articula com as acessibilidades criadas e para outras infraestruturas (as construções do Terminal Intermodal de Campanhã e da nova ponte que ligará a zona oriental a Gaia serão contemporâneas), pode servir como grande impulsionador económico, social, cultural e demográfico das freguesias mais orientais do Porto (Bonfim e Campanhã), mas será também um extraordinário polo dinamizador de toda a cidade”.

matadouroO projeto destaca ainda a rua pedonal coberta, que atravessa o edifício de ponta a ponta, ligando a um jardim suspenso sobre a VCI que dá acesso à Estação de Metro do Estádio do Dragão. “Este canal permitirá dar vida quotidiana ao espaço, introduzindo-lhe vivência de cidade e não fechando o ecossistema. Dito de outra forma, o Matadouro cria a grande rua coberta do Porto, a partir da qual se desenvolve uma cidade nova, capaz de servir como grande impulsionador da zona oriental”, escreve a autarquia.

O concessionário, que será responsável por todo o investimento, fica obrigado a cumprir o programa delineado pela Câmara do Porto nos próximos 30 anos, findos os quais, o equipamento ficará municipal. A Câmara do Porto também ocupará parte do Matadouro, onde desenvolverá a parte cultural e de coesão social associada.

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