
O fim de semana já “espreita” e, se não tiver ideias de como o aproveitar, há uma inauguração no Porto que pode ser do seu interesse. Na Galeria Municipal do Porto, vai abrir um novo espaço dedicado a exposições.
De acordo com a Câmara do Porto, este novo ambiente, localizado no Piso -1, no foyer do Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett (BMAG), foi criado para destacar artistas em início de carreira no circuito institucional.
Assim, o objetivo passa também por oferecer um local para experimentação artística e ampliar as oportunidades para mostrar a diversidade do cenário cultural da cidade.
A estreia do espaço será com a exposição “Assim no céu como na terra”, com curadoria de Patrícia Coelho. A mostra convida o público a explorar o imaginário da artista portuense Rita Caldo, cuja obra consiste em esculturas que criam um labirinto peculiar e mágico.
Como refere a mesma fonte, o trabalho propõe uma espécie de viagem através de narrativas fragmentadas e personagens intrigantes, que refletem a capacidade da artista em transformar o espaço numa rica experiência sensorial.
A artista é licenciada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. A obra de Rita Caldo explora como a narrativa, o espaço e as figuras podem construir mundos imaginários.
Ao mesmo tempo, também haverá espaço para a exposição “Superfície Desordem”, de Jonathan Uliel Saldanha, com curadoria de João Laia. Esta é a primeira grande exposição individual de Saldanha no Porto.
Ficará localizada no piso zero da galeria, sendo que a exposição pretende transformar o ambiente numa experiência imersiva guiada por inteligência artificial, com recurso a luzes, sons e esculturas.
A exposição propõe uma reflexão sobre as tensões contemporâneas entre humanidade e tecnologia, abordando questões como o colapso ecológico e a presença constante do capital, tudo representado em um cenário operático de energia apocalíptica.
No mesmo dia, será ainda estreada a exposição “Febre da Selva Elétrica”, da artista brasileira Vivian Caccuri. Esta tem curadoria de Bernardo José de Souza, sendo que a mesma engloba obras de arte atuais e anteriormente feitas.
Segundo o curador, isto é “revelador da pesquisa estética e política que a artista tem desenvolvido há mais de uma década: o som como elemento central à vida, seja como forma de comunicação entre espécies, seja como linguagem, tal qual a música, manifestação artística que mobiliza a humanidade, quer em suas experiências ritualísticas, quer em suas expressões hedonistas”.
A inauguração acontece pelas 18h deste sábado e a entrada é gratuita. A partir da sua estreia, será possível visitar as exposições de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas.