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3 espécies animais que pode ver novamente no Palácio de Cristal

3 espécies animais que pode ver novamente no Palácio de Cristal

Devido ao investimento na biodiversidade local e à estreita colaboração da Câmara do Porto com o projeto MoRe Porto do CIIMAR, três espécies de anfíbios nativos (rã-verde, tritão-de-ventre-laranja e sapo-parteiro-comum) foram reintegradas nas águas dos Jardins do Palácio de Cristal.

Após um período de ausência, os anfíbios voltam a habitar estes jardins históricos, graças a várias ações de restauração das massas de água, incluindo a limpeza de lagos e tanques, a remoção de peixes não-nativos e a reintrodução de plantas aquáticas locais.

Na fase inicial, foram intervencionados seis lagos, onde foram plantadas espécies aquáticas emergentes (como Iris pseudacorus, Lysimachia vulgaris, Lythrum salicaria), plantas flutuantes (como Nymphoides peltata e Potamogeton crispus) e plantas de zonas de escorrência (como Marsilea batardea, Carex pendula e Wahlenbergia hederacea).

Com o habitat recriado, foram reintroduzidos os anfíbios: rã-verde (Pelophylax perezi), tritão-de-ventre-laranja (Lissotriton boscai) e sapo-parteiro-comum (Alytes obstreticans).

Os anfíbios estão entre os grupos animais mais ameaçados, uma vez que necessitam de habitats terrestres e aquáticos em boas condições. Segundo o município, peixes e tartarugas invasores são uma grande ameaça, pois são presas habituais dos ovos e larvas dos anfíbios.

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Para proteger essas espécies, os jardineiros foram treinados com as melhores práticas de gestão das massas de água, evitando o uso de químicos e o esvaziamento completo em períodos sensíveis, assegurando a manutenção das boas condições para a biodiversidade aquática a longo prazo.

A seleção das espécies de anfíbios e plantas para cada local baseou-se nas condições ecológicas das massas de água e áreas verdes circundantes, seguindo a autorização do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

O MoRe Porto é um projeto do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), financiado pela Fundação Belmiro de Azevedo, com a Câmara do Porto como principal parceira estratégica. 

Os objetivos do projeto incluem mapear e caracterizar zonas húmidas, manter, restaurar e criar novas massas de água, promovendo a biodiversidade e os serviços ecossistémicos.

O projeto também envolve ações de formação, educação e sensibilização sobre a importância das zonas húmidas em escolas locais e para o público em geral.

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