O “Cena Contemporânea de Matosinhos em Português” nasce “com o intuito de destacar e promover o teatro e as artes performativas em língua portuguesa, nas suas vertentes mais diversas e vanguardistas, assumindo o idioma e os espaços da lusofonia como um motor de diálogo intercultural e de troca de experiências”, refere a organização em comunicado.
Destinado a todos os públicos, o festival pretende também promover a cidade de Matosinhos a nível nacional e internacional, integrando-se, este ano, no programa que assinalará o 500º aniversário do Foral do concelho.
A programação desta primeira edição presta homenagem à encenadora e atriz Fernanda Lapa, que cumpre 50 anos de carreira, mas também a “Ode Marítima”, de Fernando Pessoa, na voz de João Grosso.
Do programa faz também parte a peça “Um dia os réus serão vocês”, que tem por base o julgamento de Álvaro Cunhal durante a ditadura do Estado Novo, ou o ensaio público da peça “Breviário Gota D’Água”, inspirada nas obras de Eurípedes, Oduvaldo Vianna Filho, Chico Buarque e Paulo Pontes, que o Cine-Teatro Constantino Nery vai estrear em outubro.
Destaque ainda para o espetáculo de rua “Cidade Encantada”, um projeto que envolverá uma centena de participantes e ressuscitará algumas das lendas matosinhenses para comemorar os 500 anos do Foral do concelho.
Para além dos espetáculos de teatro, dança, música e vídeo, haverá ainda espaço para o cruzamento de disciplinas, encontros entres criadores, oficinas e debates sobre temas como as relações entre a arte e a educação, a cena contemporânea, as artes em geral e a sua relação com os públicos, as novas dramaturgias contemporâneas, a escrita de palco e as políticas de intercâmbio cultural entre os países da lusofonia.
O “Cena Contemporânea de Matosinhos em Português”, com direção artística de Luísa Pinto, contará com dois espetáculos vindos do Brasil e com a participação do escritor angolano Ondjaki.
