A primeira fase das obras de recuperação da Igreja de Santa Clara, no Porto, terá um custo de 300 mil euros e uma duração prevista de quatro meses, num investimento assegurado por fundos comunitários e pela Fundação Millennium BCP.
Segundo explicou o responsável da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), António Ponte, neste primeiro momento serão criadas as condições para “fazer uma intervenção de conservação e restauro posterior, estancando assim o processo de degradação”. “Vamos rever as coberturas para que não haja depois infiltrações mas vamos também criar condições para que a térmita que está ativa deixe de ter capacidade de atuação na igreja. Além de tratar o isolamento da igreja é criar condições térmicas e ambientais que inibam e impeçam o desenvolvimento de ataques de térmitas”, adiantou. Para o presidente do Conselho de Administração da Fundação Millennium BCP, Fernando Nogueira, a obra é fundamental, incidindo num momento que, segundo os peritos, “em termos de Barroco Joanino é, porventura, o que de melhor há em Portugal”. “É uma memória histórica que não se pode perder, não apenas pela beleza do lugar mas também pelo facto de ter sido mandada fazer por D. João I”, recordou.
