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#12 Escapadinhas à Galiza: descubra a rota “As Catedrais do Mar”

#12 Escapadinhas à Galiza: descubra a rota

Em mais uma Escapadinha à Galiza, é vez de irmos até ao percurso das “Catedrais do Mar”. É mais uma prova de que, para fazer turismo, não é preciso ir para muito longe. 

Por isso, com base nas sugestões da Junta da Galiza, mostramos-lhe alguns pontos que poderão ser do seu interesse visitar. A viagem está planeada para durar 2 dias.

1º Dia

Saindo do Porto bem cedo, podemos iniciar a nossa viagem na vila de Ribadeo, localizada na foz do rio Eo, uma fronteira natural com as Astúrias, no coração da Mariña Lucense. O centro histórico tem um encanto especial, repleto de magníficas construções indianas.

Ao chegarmos ao porto, podemos fazer uma pequena caminhada ao longo de uma falésia escarpada. Durante o percurso, poderá querer parar no miradouro de Santa Cruz para apreciar a Cornija Cantábrica, situada a quase 200 metros acima do nível do mar. 

De lá, também se avista a ilha Pancha com dois faróis: um deles branco e o outro azul. O mais baixo e de planta quadrada data do final do século XIX, enquanto o outro, mais moderno, foi construído em 1987.

Devido à geografia acidentada da costa cantábrica, esta região é ideal para quem gosta de dar uma boa caminhada com uma dose extra de aventura. A dica é calçar uns sapatos confortáveis, já que passeios a pé ao longo destas falésias são a melhor maneira de explorar a zona em questão.

Ao seguirmos para oeste, encontramos a vila de pescadores de Rinlo, famosa pela sua gastronomia. Embora o seu prato mais conhecido seja o arroz com lavagante, os petiscos de polvo, as empanadas e outros pratos também são deliciosos.

Para ajudar na digestão, a sugestão da Junta da Galiza é continuar a pé até à praia d’Os Castros, chegando até à beira-mar através de um túnel natural. O areal em questão convida-nos a simplesmente parar um pouco e contemplar a beleza natural deste local da Galiza.

Depois disso, podíamos ir até uma das praias mais famosas do Norte: a praia de Augas Santas, internacionalmente conhecida como praia d’As Catedrais. O nome deve-se às formações rochosas em forma de arco, algumas já fraturadas pela intensa ação do mar.

Além da sua beleza, a praia tem cavernas onde o mar bate com força, o que apesar de suscitar curiosidade, também deve redobrar os cuidados. A visita à praia d’As Catedrais na maré alta pode ser feita do alto dos penhascos, mantendo uma distância segura. 

Na maré baixa, uma boa ideia pode ser descer pela escadaria até à areia fina para admirar as arcadas. Para verificar o estado do mar e os horários das marés antes de visitar As Catedrais, consulte o site Meteogalicia.

Se ainda houver luz do dia, podemos continuar um pouco mais pela costa, onde encontraremos grandes praias mais urbanizadas, mas igualmente encantadoras. Uma boa pausa pode ser feita na praia de Peizás, mais tranquila do que outras na região. 

Para encerrar o dia com chave de ouro, nada melhor do que assistir ao pôr-do-sol no castro de Fazouro, situado à beira da falésia. Aqui, o vento sopra forte, mas nada que o demova de aproveitar mais uma vista de cortar a respiração.

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2º Dia

Depois de um primeiro dia intenso, é hora de descansar e acordar com toda a energia para o 2º dia. O segundo dia deste itinerário continua ao longo da costa, em direção à fábrica de cerâmica de Sargadelos, localizada entre a vila de pescadores de Burela e a localidade de Cervo. 

Com um núcleo rural bem preservado, podemos encontrar facilmente a sede desta famosa cerâmica, caracterizada pelo edifício circular construído em 1970.

O processo de produção desta cerâmica, que começou com uma iniciativa ilustrada no início do século XIX, é fascinante, como refere a Junta da Galiza. Poderá ser uma boa ideia chegar à hora da visita para poderem ver a unidade de produção e depois explorar a exposição e a loja.

Na galeria, veremos as primeiras porcelanas de Sargadelos, além de uma vasta coleção de cerâmica popular espanhola e estrangeira. As peças mais recentes são verdadeiras jóias cerâmicas, perfeitas para surpreender alguém com um presente típico da Galiza. Outra fábrica de Sargadelos está situada n’O Castro, no município de Sada.

Uma das lendas locais mais interessantes fala sobre os ilhéus conhecidos como “Os Farallóns”, que ficam em frente ao cabo de San Cibrao, no município d’O Cervo. Segundo a lenda, uma sereia chamada “A Maruxaina” vive ali e, nos dias de mau tempo, sai para chamar os marinheiros. 

Alguns acreditam que ela os ajuda em situações de perigo, enquanto outros pensam que ela os engana para que naufraguem. Em homenagem a essa lenda, há uma tradição em que os moradores fazem uma sereia com longos cabelo a usar uma espécie de roca. 

No segundo sábado de agosto, ao anoitecer, a sereia é levada d’Os Farallóns até à praia de San Cibrao, onde é submetida a um julgamento popular e absolvida.

Seguindo o nosso caminho, andamos mais um bocado e chegamos à localidade de Xove, onde nos desviamos para o norte em direção ao farol de Ponta Roncadoira. 

O acesso, bem sinalizado entre aldeias pitorescas e prados verdes, torna-se mais difícil à medida que subimos a estrada, devido aos grandes eucaliptos retorcidos pelo vento, às enormes rochas que nos fazem sombra e, principalmente, ao frio. 

Estejam preparados para o vento nordeste, que sopra com força nesta região. Na beira da falésia, sentirão o rugido do mar a bater intensamente contra as rochas. A beleza do farol faz com que valha a pena ser apreciado.

Com essa sensação de paz selvagem, descemos de Roncadoira em direção a Viveiro e paramos na praia de Esteiro, ainda no município de Xove. A vista é mais amigável, com uma área de recreio ideal para um piquenique ou um passeio em qualquer época do ano. Uma “passarela” de madeira leva-o até a praia, mais abrigada, na entrada da ria de Viveiro.

Nessa mesma direção, podemos subir até ao Monte Faro. As vistas daqui valem a pena e, já que por aqui estamos, é possível ainda fazer uma caminhada até ao farol, escondido atrás dos eucaliptos. 

Também poderá querer dar um saltinho até à vila de Viveiro e desfrutar de uma boa refeição. Uma pescada fresca de anzol da lota de Celeiro seria o toque final perfeito para este passeio pela costa cantábrica de Lugo.

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